Este blog foi criado para funcionar como um diário de viagem aproveitando as potencialidades da net. Assim, quem quiser poderá acompanhar a nossa viagem através de crónicas de viagem e fotografias dos locais por onde passaremos. A nossa viagem percorrerá os seguintes paises: Alemanha, República Checa, Eslováquia, Hungria, Áustria, Croácia, Eslovénia, e Itália (trajecto até Veneza), de 10 a 24 de Agosto de 2006.

quinta-feira, setembro 07, 2006

3-BUDAPESTE




Considerada por grande parte dos guias turísticos como “a Paris de Leste” na verdade, Budapeste retém um velho encantamento imperial que a faz ser eternamente comparada a Paris e Viena. São grandiosas as avenidas e impressionantes os edifícios. Estamos numa cidade que caiu e se levantou, até custa a acreditar, que o cerco de Budapeste pelos aliados em 1944 tenha dizimado a grande parte da arquitectura, e inclusivé a ponte da correntes nas 2 guerras mundiais.


Pela multiplicidade de monumentos e estilos arquitectónicos, desta vez decidimos fazer um daqueles típicos "City-Tour" com guia, num autocarro panorâmico.













Percorrendo inicialmente as margens do Danúbio pelo lado de Peste, dirigimo-nos para o majestuoso Parlamento.
































É sem dúvida o edifício público mais belo da cidade.
Além de ser espantoso por fora, o Parlamento é de uma beleza interior gloriosa. As visitas guiadas são grátis para todos os cidadãos da União Europeia, mas às segundas-feiras os trabalhos no hemiciclo impedem a incursão dos turistas. Infelizmente não existiam visitas em Português (teriamos mais numa vez que nos submenter a língua espanhola), no entanto tivemos um pequeno contratempo, porque tinhamos que provar que éramos cidadãos da UE, eu não estava prevenido e o meu passaporte tinham ficado no carro, com o apenas o da Vera, não foi possível entrarmos, apesar da insistência com o porteiro...
Paciência, estavamos no início, e lá continuamos o city-tour!
Saímos da zona chique da Basílica em direcção à Rua Andrássy, que é o pólo convergente da cidade, a chamada Broadway de Budapeste.
A Andrássy está dividida em duas partes, uma parte que é rua, outra que é avenida, fazendo recordar os Campos Elísios. A primeira parte é a zona comercial por excelência, onde ficam as lojas (Louis Vuitton, Channel, etc..) e os restaurantes. A segunda parte da Rua Andrássy é mais institucional, e é aí que fica a Casa do Terror, um museu cujas temáticas são a tirania e o terror nazi e soviético. Serve como memorial, para fazer lembrar o que foi viver na Hungria durante 50 anos e simultaneamente para impedir que os habitantes da União Europeia profiram banalidades sobre a Europa do século XX.























































































Continuando pela Rua Andrássy, culminamos na fantástica Praça dos Heróis, que serve simultaneamente de entrada para o Parque da Cidade.



É aí que podemos encontrar o Museu das Belas Artes, o Jardim Zoológico, as Termas Széchenyi, onde as piscinas de água termal são originárias de uma nascente a 900 metros de profundidade, o fabuloso castelo Vajdahunyad, e uma grande área vazia, que segundo o guia se transforma em pista no gelo durante o inverno.




A partir de aqui e antes de nos dirigirmos para Buda percorremos parte da zona este de Peste, aqui a ex-presença soviética é muito mais evidente, pelos bairros residenciais de arquitectura áustera, e até pelos Ladas, Soviets, Vastrava, e Skodas que vão surgindo um pouco por por todo o lado...



Um dos problemas da Budapeste actual segundo o guia, é o trânsito infernal em hora de ponta. Segundo ele, houve um boom de vendas de automóveis, depois da queda do comunismo, que não foi acompanhado pela contrução de infraestruturas rodoviárias de escoamento da cidade ( estruturas do tipo circunvalação, rodovia, etc..) Logo todo o trânsito tem de atravessar o centro parte de Peste (que é a zona comercial e administrativa por excelência) para a se dirigirem a Buda.
No entanto, Budapeste possui o segundo Metropolitano mais antigo do mundo, a seguir ao inglês. Tem apenas três linhas de circulação. Tal como o resto do sistema de transportes públicos da cidade de Budapeste, o metropolitano é simples e dependente de uma generosa relação fiduciária entre a instituição e o utente. Uma vez que ninguém controla as entradas e saídas, é fácil viajar sem pagar, pois os tickets tem a validade de apenas 1 viagem. Embora o ritual tenha um certo gozo, pode ser contra-producente, quando nos preparavamos para "testar" o controlo dos bilhetes, fomos confrontados com uma acção de fiscalização... :)
































Dirigimo-nos, atravessando o majestuoso Danúbio, em direcção ao Bairro do Castelo. Esta é uma zona privilegiada de turismo e habitação, que contagia logo o visitante.






A vista sobre a cidade é deslumbrante, aliás a maior parte das pessoas vai a Buda para vislumbrar Peste, como se fosse impossível conhecer Peste do lado certo do rio.
E será deste lado, comvista do Monumento da Libertação, no topo da colina Gellért, que iriamos ter a noção exacta da dimensão majestosa da cidade.
Mas Buda também é zona por excelência das famosas termas de Budapeste, marca das influências do Império Romano, mas também do Império Turco Otomano assente numa cultura de bem-estar ligado ao uso das águas, como o Banho Turco por ex. (ainda me lembro daquele genuíno banho turco em Istambul, em 2003...).
Existem mais de 1000 piscinas termais na Hungria, 50 delas em Budapeste..., que a tornam na "Cidade da Água".

Resumindo, foi uma jornada fantástica, pelas descobertas do que esta cidade tem para oferecer. Fiquei com uma enorme vontade de voltar a Budapeste, numa visita de Inverno para experimentar a sensação de entrar num banho termal ao ar livre a 45ºC, rodeado de neve...

1 Comments:

Blogger NYC TAXI SHOTS said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

4:27 da manhã

 

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